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Os melhores investimentos para períodos de Selic baixa

Taxa Selic no menor índice da História empurra rendimento de fundos de renda fixa para baixo, levando investidores para alternativas a energia solar

Se você costuma acompanhar o noticiário econômico, deve ter visto que os fundos de renda fixa, nos últimos meses, não têm sido um bom negócio para os investidores. Afinal, os rendimentos desses investimentos acompanham a Taxa Selic. E o índice que regula os juros básicos da economia brasileira nunca esteve tão em baixa. 

A principal consequência disso é que boa parte dos investimentos de renda fixa deve ter um retorno real perto de zero. Em outras palavras, descontada inflação, eles não renderão absolutamente nada.

Afinal, de 6% em junho de 2019, a Selic despencou para 2,25% em junho de 2020, menor patamar da História. A queda empurrou para baixos aplicações como poupança, Tesouro Direto, CDB, LCI/LCA, CRI/CRA, LC, Debêntures e Fundos de Investimento. 

Assim, se a ideia é fazer o dinheiro render, é preciso buscar alternativas para garantir melhores rendimentos neste momento de crise econômica e pandemia de coronavírus. 

A Selic e a inflação

Vamos falar um pouco disto. Mas, antes, que tal relembrar os fatos recentes para entender como chegamos a essa situação e como deverão ser os próximos meses?

  • Quem regula a taxa básica de juros é o governo federal, por meio do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. 
  • A Selic corresponde a operações financeiras entre instituições bancárias que ocorrem em um período muito curto – normalmente, um dia. Se um banco precisa equilibrar o fluxo de dinheiro no final do dia, por exemplo, ele pode pedir empréstimo para outro banco por meio de títulos do Tesouro Nacional. Os juros do pagamento são balizados pela taxa Selic.

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  • Além disso, o Banco Central costuma usar a taxa Selic para tentar controlar a inflação. Por isso, a variação da taxa Selic e a da inflação estão interligadas. Em outras palavras, o aumento da taxa Selic significa que haverá um aumento generalizado dos juros; a redução gera juros mais baixos.
  • Isso gera uma reação em cadeia: quando os juros estão altos, os consumidores tendem a diminuir o volume de compra, e os preços tendem a baixas. Por consequência, o BC consegue segurar um pouco a inflação. 
  • O contrário também é verdadeiro: quando a inflação está baixa, o governo pode baixar a taxa Selic, tentando estimular que os consumidores gastem dinheiro e, assim, movimentem a economia.
  • Então, em junho de 2019, o Banco Central decidiu realizar um corte na taxa de juros que havia sido mantida em 6,5% ao ano desde maio de 2018. Assim, a Selic atingiu um nível mínimo histórico de 6% ao ano e, desde então, só caiu mais e mais. 

Assim, chegamos a 2020 e, com a pandemia do coronavírus e a crise na economia, a Selic sofreu novos cortes, chegando a 2,25% ao ano. Com isso, despencaram também os rendimentos  dos investimentos corrigidos por ela. 

O investimento preferido dos brasileiros

Um deles é a tradicional caderneta de poupança, a escolha de 6 em cada 10 brasileiros que investem, de acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) com 800 pessoas em 12 capitais das cinco regiões do país.

Considerado o investimento mais conservador e menos rentável do mercado financeiro, a poupança hoje é a opção menos indicada, uma vez que é possível que ela tenha rendimentos inferiores à inflação, desvalorizando seu dinheiro ao invés de fazê-lo render.

Quais as opções então?

Antes de responder a essa pergunta, é bom ter em mente qual o objetivo do investimento que você está se propondo a fazer. Pois diferentes metas pedem diferentes estratégias. Então, para começar, defina os motivos pelos quais você quer fazer o seu dinheiro crescer. Qual o sonho que você gostaria de tirar do papel, por exemplo? Abrir o próprio negócio, ter uma reserva para imprevistos, comprar uma casa, viajar para o exterior, abrir o próprio negócio ou garantir uma aposentadoria tranquila costumam estar nas listas de desejos.

Falamos um pouco mais sobre isso aqui

Além da poupança, investimentos como Tesouro Direto, CDB, LCI/LCA, CRI/CRA, LC, Debêntures e Fundos de Investimento também são ligados à taxa Selic. Por isso, hoje, muitos especialistas em investimentos, diante de todo o cenário econômico, crise e pandemia, indicam que vale a pena olhar com carinho investimentos cuja rentabilidade não sejam vinculados ao índice que regula os juros básicos.

Portanto, se o seu objetivo é desvincular sua rentabilidade da taxa Selic, você deve buscar por investimentos de renda variável ou aplicações financeiras não tradicionais, que estão em expansão diante do atual cenário de instabilidade econômica. Diversificar os investimentos também é uma dica frequente dos especialistas em investimento.

Para onde ir então?

Entre os investimentos de renda variável estão o câmbio, ouro, ações ou até mesmo de imóveis. Para aderir a um deles, é recomendável estudar e compreender o mercado, uma vez que a renda variável também tem passado por um momento de alta instabilidade.

Com eles, você não tem um rendimento fixo, pois o mercado está sujeito a variações diárias, como as expectativas em relação à economia do país e os resultados dos balanços das empresas. Questões ligadas à política e à economia internacional também interferem nesse cenário. 

Falamos um pouco mais sobre isso aqui

Entre as aplicações financeiras não tradicionais, queremos destacar as cotas de energia solar fotovoltaica. Ao decidir por esse tipo de investimento, você adquire uma cota em um condomínio de energia solar, passando a usufruir da geração de eletricidade limpa e alugar o que sobra. Desta forma, você economiza na conta de luz e, ao mesmo tempo, lucra com o aluguel para terceiros.

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