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Energia solar rural: custo menor e sustentabilidade no campo

Uso de energia solar no campo reduz tarifa de energia e agrega valor à produção agrícola. Os consumidores da área rural já são o terceiro maior público da energia solar no Brasil.

Produtores rurais começam a descobrir o que muitos moradores de condomínios e casas, comerciantes e empresários das áreas urbanas já vêm experimentando há algum tempo: as vantagens da energia solar fotovoltaica. A energia solar rural não apenas reduz a tarifa de energia elétrica. Ela também agrega muito valor à produção agrícola.

Os consumidores rurais já são o terceiro maior público da energia solar fotovoltaica no Brasil, representando 8,7% da capacidade instalada da modalidade no país, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O uso de energia solar no campo fica atrás apenas do consumo residencial e do setor de comércio e serviços. 

O uso da matriz fotovoltaica agrega competitividade à produção rural, pois reduz os custos com eletricidade e aumenta a segurança elétrica. Com a energia solar rural, os agricultores podem gerar energia o suficiente para toda a propriedade e ainda alugar o que sobra.

Usos no campo 

“A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural”, enumera Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, no site da associação.

Refrigeração da produção e  regulação de temperatura para a produção, com custo menor, são duas das vantagens mais conhecidas. O uso em sistemas de comunicação, bem como o consumo doméstico de aparelhos eletrônico e eletrodomésticos, também são frequentes.

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O bombeamento de água também é algo bastante comum nas áreas rurais, tanto para o consumo doméstico quanto para irrigação de plantações e hidratação de animais. O sistema solar fotovoltaico contribui na captura da água em fontes superficiais e poços freáticos. 

Outra aplicação da energia solar na zona rural é a eletrificação de cercas. Assim, é possível proteger os animais de criação de possíveis roubos e dão mais segurança à propriedade e a seus colaboradores.

Além disso, um uso menos conhecido da energia solar no campo pode ser visto nos processos de dessalinização, que retiram todos os sais da água de modo a torná-la potável. 

Como aderir

Então, o produtor rural interessado em aderir à energia limpa que vem do sol tem duas possibilidades. Aqueles que não têm espaço ou não querem instalar um painel solar em sua propriedade podem usufruir dos benefícios da energia solar fotovoltaica através das usinas solares remotas compartilhadas. Elas são uma forma inovadora e eficiente de aderir à modalidade, limpa, renovável e mais barata que as energias tradicionais.

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Assim, quem tem interesse em utilizar energia solar, mas não pretende instalar uma placa solar pode comprar uma cota de energia. A cota tem pelo menos duas vantagens financeiras. A primeira é que energia solar gera economia de 50% e 95% na conta de luz. A segunda é que ela permite que você alugue o que sobrar da sua energia limpa, lucrando não apenas com a economia de energia como também com o aluguel para terceiros. 

Saiba mais sobre isso aqui.

A Geração Distribuída de energia para propriedades rurais já acumula cerca de R$ 12 bilhões de investimentos no Brasil desde 2012. Com isso, a tecnologia fotovoltaica está presente em mais de 79,9% dos municípios brasileiros.

Painéis solares

A outra possibilidade de aderir à energia limpa que vem do sol são os painéis solares, dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol em energia elétrica. Compostos por células de Silício, também conhecidas como células fotovoltaicas, eles convertem a energia solar em energia elétrica. 

Esses painéis podem fazer parte de Sistemas Isolados (Off-Grid ou Stand-Alone) ou de Sistemas Conectados à Rede (Grid-Tie ou On-Grid). Os Sistemas Isolados não estão conectados à rede elétrica. Geralmente, são utilizados em locais remotos. Normalmente utilizam baterias para armazenar a energia.

Já os Sistemas Conectados à Rede (Grid-Tie ou On-Grid) são interligados à distribuidora. Neles, a energia solar fotovoltaica gerada através dos painéis solares é entregue à rede elétrica instantaneamente. 

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Vale destacar que, na última década, novas legislações e o barateamento de equipamentos facilitaram a vida de quem deseja investir em energia solar. No caso específico dos produtores rurais, com as inovações tecnológicas na produção agrícola e a automação de muitos processos, o campo tornou-se mais conectado e mais dependente de energia.

Além disso, a popularização de linhas de crédito ajudou a tornar a energia solar no campo ainda mais atraente. Somados aos crescentes reajustes nas contas de energia e à redução ano a ano dos subsídios para a energia rural, esses fatores tornaram ainda mais favorável a adoção da energia solar no campo.

Sustentabilidade

Ao tornar sua produção mais limpa e sustentável, o homem do campo agrega, também, valor ao seu produto. 

Segundo mapeamento da Absolar, a geração distribuída solar fotovoltaica pode acrescentar mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para todos os consumidores do setor elétrico até 2035. Só no primeiro semestre de 2019, a geração das grandes usinas de energia solar cresceu 86,6%.

Trata-se de uma importante contribuição para reduzir a dependência brasileira das formas tradicionais de energia, como as hidrelétricas e as termelétricas, mais caras e poluentes. 

Por ser um país tropical, o Brasil recebe uma quantidade expressiva de radiação solar todos os anos, capaz de gerar mais energia do que poderíamos consumir. Isso torna o sistema fotovoltaico extremamente vantajoso e confiável.

Diferentemente de outras fontes geradoras, como, por exemplo, a hidrelétrica ou a carvão e gás, a matriz fotovoltaica depende apenas da luz solar, uma fonte renovável e inesgotável. 

Impactos reduzidos

Os impactos ambientais da energia solar também são bastante reduzidos. Ela não libera gases, não produz ruídos, não polui o ar, a terra ou a água.

Além disso, a tecnologia fotovoltaica não produz gases tóxicos, não interfere no aquecimento global e não tem relação com a produção de chuva ácida ou de camadas de poluição nas grandes cidades.

Para se ter uma ideia, em 1 ano, cada família brasileira que usa energia solar fotovoltaica deixa de emitir, em média, 130 quilos de gás carbônico. Isso equivale à absorção de gás carbônico de uma árvore, ao longo de seu crescimento.

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