Como funciona a energia solar em condomínios

Parque fotovoltaico permite uso de energia solar em condomínios de todo o Estado, reduzindo a conta de luz sem instalação de painéis solares.

A crise econômica e a pandemia obrigaram muitos brasileiros a rever e reduzir gastos. Ao mesmo tempo, o isolamento social e o home office fizeram o consumo de energia elétrica subir, acendendo o alerta. Afinal, o que fazer para cortar custos domésticos ao mesmo tempo em que o coronavírus nos obriga a ficar mais tempo em casa? Uma ótima aposta é energia solar em condomínios, e hoje vamos mostrar como ela funciona. 

Antes de mais nada, você sabia que é possível ter energia solar em condomínios sem precisar de um painel fotovoltaico daqueles que captam a luz do sol e a transformam em energia? Com os parques solares remotos, a energia chega ao seu prédio pela rede de distribuição elétrica da EDP, prontinha para ser usada. Sua produção não agride o planeta e o excedente pode ser comercializado, gerando lucro para o próprio condomínio.

O sistema compartilhado de energia é um método inovador, em franca expansão no Brasil e no mundo. A modalidade permite ao consumidor instalar seu sistema gerador em local diferente do local de consumo. E é de um deles que queremos falar no post de hoje: o Sun Invest, o primeiro parque de energia solar remota compartilhada do Espírito Santo. 

Com ele, você pode ter energia solar sem precisar instalar NADA. Você leu certo: nada de painel fotovoltaico no seu prédio, nada de transformadores, nada de mudança na estética no seu condomínio. A energia solar produzida no Sun Invest chega diretamente ao seu endereço através da rede de distribuição elétrica da EDP. A manutenção também é toda feita na usina, localizada em Linhares, região Norte do Estado.

A conta de luz fica mais barata

Agora que você já sabe que não estamos falando da instalação daqueles telhados de captação de energia, que tal listarmos alguns dos muitos benefícios do uso de energia solar em condomínios? O primeiro deles só poderia ser este: a redução na conta de luz. 

Afinal, são tempos de crise, e, com o uso da matriz fotovoltaica, você pode reduzir entre 50% e 95% do valor pago mensalmente pela energia elétrica. Além disso, com a produção solar, o seu prédio terá uma nova fonte de eletricidade, aumentando a independência energética. Em outras palavras, quando um ministro ou outra autoridade ligada ao setor de energia anunciar mais um reajuste tarifário, o impacto para você será de… zero reais! 

Quer mais? Prédios com energia solar tendem a ter maior valor médio de venda. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os imóveis que contam com soluções eficientes para minimizar o impacto ambiental valorizam, em média, de 10% a 30%. No caso específico da energia fotovoltaica, as propriedades têm até 10% de valorização. 

Fácil de implantar e fácil de manter

A energia solar em condomínios vem com um brinde: a partir de sua instalação, você e seus vizinhos não terão mais preocupação com reparos nem com manutenção. A manutenção é feita diretamente na sede do Sun Invest, por uma equipe especializada e que realiza o monitoramento constante das instalações. 

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As despesas com a manutenção são compartilhadas com os outros proprietários de cotas, o que reduz os custos.

Baixe aqui o infográfico que explica como funciona a energia solar em condomínios. 

Vale dizer também que você pode adquirir quantas cotas de energia solar forem necessárias para suprir a demanda de eletricidade do seu condomínio. Não há limitação de espaço, nem risco de sombreamento, problemas bastante comuns para quem busca uma solução em energia solar em condomínios. 

Produção 100% sustentável

Além de fazer bem para o bolso, a energia solar não tem impacto sobre o meio ambiente. Como ela não libera resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global ao longo do seu processo de produção ou consumo, a energia solar é considerada uma energia limpa e sustentável. 

Ela é também considerada extremamente estratégica para o país. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, a energia solar reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores. “A tecnologia fotovoltaica é alternativa no atual momento de recursos escassos, quando os consumidores estão pressionados a buscar formas efetivas de reduzir gastos e preservar suas reservas financeiras”, afirma.  

Por tudo isso, apesar da crise, as fontes limpas seguem recebendo investimentos. No mercado de energia, enquanto a indústria petroleira amarga a maior crise da história, o setor de energia limpa será o único a apresentar crescimento, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Embora o avanço esperado seja menor do que 1%, é um valor mais amigável do que os -9,1% do setor de petróleo e os -7,7% do setor carvoeiro.

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De acordo com o diretor executivo da AIE, o economista turco Fatih Birol, estamos diante de uma oportunidade de estimular economias e, ao mesmo tempo, acelerar a transição para a energia limpa de que o planeta tanto precisa. “O progresso que isso alcançará na transformação da infraestrutura energética dos países não será temporário e pode fazer uma diferença duradoura para o futuro”, avalia.

Falamos sobre isso recentemente aqui.

Oportunidades por trás da crise

Hoje, a matriz energética mundial ainda tem grande dependência de fontes não renováveis. Assim, combustíveis fósseis como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural geram a maior parte da energia utilizada em todo o mundo. 

Como essa escolha custa caro para o meio ambiente, muitos países têm discutido alternativas para diversificar suas matrizes energéticas. Portanto, a meta é reduzir a dependência do petróleo e de outras fontes de energia não renováveis e ampliar as fontes de energia limpa como o sol, o vento e a biomassa.

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Nesse sentido, Estados Unidos, Alemanha, China, Itália, o Japão e Espanha já estão usando o potencial solar em grande escala. No Brasil, os incentivos para utilização de energia verde ainda são pequenos em vista das vantagens que ela oferece.

Estima-se que a energia solar supere todas as tecnologias renováveis até 2050. Para se ter uma ideia, em 2019, o número de instalações de sistemas fotovoltaicos triplicou (114 mil) em relação a 2018 (35 mil). Hoje, mais de 190 mil brasileiros já adotaram a tecnologia.

Atualmente, de acordo com a Absolar, 77,4% deles são consumidores residenciais, seguidos por estabelecimentos comerciais (16%), áreas rurais (3,2%), indústrias (2,4%), iluminação e serviço público (2,3%) e prédios públicos (0,8%). 

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