Cenário favorável para investimentos com queda da Selic

Se você está pensando em aproveitar o 13º salário para fazer um bom investimento ou tem uma reserva destinada para isso, saiba que o cenário favorável para investimentos. O Banco Central anunciou na última quarta-feira o corte de 0,5% na Selic, taxa básica de juros da Economia no Brasil.

O termo Selic é abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, e é ela a responsável por manter a inflação do país dentro da meta estipulada.

Entenda a mudança

Com a mudança, a taxa cai de 7,5% para 7,0% tendo, portanto o menor patamar em quase 20 anos em que essa estratégia é utilizada.

Para ficar mais fácil entender, fizemos um cálculo de rendimento em diferentes tipos de investimentos com base nos dados fornecidos pela Associação de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

O valor escolhido para aplicação é de R$35 mil. No entanto, é referente a um período retroativo dos últimos 12 meses, considerando Imposto de Renda de 20% em um cenário com inflação acumulada de 2,91%, no período, e uma taxa Selic que caiu de 14,25% a.a. para 7% a.a..

Dados apontam rendimento para cada tipo de aplicação

Considerando uma aplicação financeira no valor de R$35 mil, a nova poupança acumulou rendimento de R$1.914,50 (5,47% ao ano) totalizando um valor de R$36.971,50.

Outros investimentos em renda fixa como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Tesouro Direto também proporcionaram ganhos relevantes neste período de 12 meses, pois se beneficiaram de uma taxa básica de juros da economia (Selic) elevada no início do ciclo, mas em queda vertiginosa.

Energia solar como opção de investimentos

Para fins de mera comparação, simulamos o mesmo investimento em autoprodução de energia elétrica a partir da energia solar, supondo que o parque solar já tivesse em funcionamento no início do período. Observe que ótima opção de investimento teria sido, ficando com segundo lugar se ranquearmos as melhores opções de aplicação (perderia apenas para o índice Ibovespa que possui risco elevado por ser lastreado em renda variável).

No cenário atual, com a taxa básica de juros da economia em 7%, a relevância do retorno obtido por esta opção seria ainda maior frente às outras aplicações. Observe, ainda, que o retorno indicado é apenas para o primeiro ano da aplicação, não capturando, portanto, os benefícios futuros oriundos da elevação das tarifas de fornecimento ou da aplicação de bandeiras tarifárias.

Uma cota no Primeiro Parque Solar do Estado, por exemplo, seria possível ter à compensação de, em média, 637 kWh em seu consumo próprio mensal durante toda a vida útil do projeto que é de 30 anos.

Além disso, com investimento inicial de R$ 35 mil por cada cota, o investimento resultaria em rendimento líquido acumulado de R$3.586,08 (10,25% já nos 12 primeiros meses), totalizando um valor de R$38.586,08. Vale destacar que a taxa interna de retorno alcançada por esse investimento ao longo da sua vida útil pode chegar a 16,9% a.a., sob premissas extremamente conservadoras.

Quer saber mais informações como investir em energia solar? Leia matéria veiculada em A Tribuna apontando a energia compartilhada como investimento que dá lucro aos moradores.