Conheça o perfil de quem decidiu investir em energia solar
Ao obrigar empresas e famílias a cortarem drasticamente seus gastos, a crise acabou se revelando uma oportunidade para se investir em energia solar
O setor de geração de energia solar no Brasil triplicou sua atividade no último ano. E, apesar da crise trazida pela pandemia do coronavírus, a produção fotovoltaica brasileira cresceu 50% nos últimos seis meses – três deles já no cenário da doença, que reforçou ainda mais as vantagens de se investir em energia solar. Afinal, ao obrigar empresas e famílias a cortarem drasticamente seus gastos, a crise acabou se revelando uma oportunidade para a energia limpa, mais barata e menos nociva ao planeta.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), já são cerca de 255 mil sistemas fotovoltaicos fornecendo energia a partir de ligações para mais de 318 mil unidades consumidoras. Ainda segundo os números da Absolar, empresas de comércio e serviço respondem pelo maior volume de consumo da matriz fotovoltaica. No que diz respeito à quantidade de instalações, as residências são a maioria.
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Desde 2017, a energia solar vem dobrando a sua capacidade instalada no país. Passou de 1 GW em 2017 para 2 GW em 2018, 4 GW em 2019 e 6 GW em 2020. “A energia solar cresce aceleradamente no Brasil porque alivia o orçamento das famílias e empresas ao reduzir a conta de energia em mais de 90%. Sabemos pelo Sebrae que a conta de luz é o segundo maior peso nas despesas das micro e pequenas empresas, ficando atrás apenas da folha salarial. Isso tudo além de contribuir muito ao meio ambiente”, explica Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.
Residências, empresas, fazendas
Os consumidores residenciais são responsáveis por 75% dos sistemas de energia solar instalados no Brasil. Com o objetivo de se tornarem independentes dos altos custo de energia no país, muitos investiram na fonte de energia como uma forma de reduzir a escalada da conta de luz.
A preocupação ambiental também tem seu peso na decisão. Afinal, os impactos ambientais da energia solar também são bastante reduzidos. Ela não libera gases, não produz ruídos, não polui o ar, a terra ou a água. Além disso, a tecnologia fotovoltaica não produz gases tóxicos, não interfere no aquecimento global e não tem relação com a produção de chuva ácida ou de camadas de poluição nas grandes cidades.
Portanto, podemos afirmar que a preocupação com sustentabilidade, aliada às necessidades de redução da conta de luz, são os principais motores para quem decide investir em energia solar hoje no Brasil.
Condomínios residenciais, profissionais liberais como médicos, dentistas e advogados, cooperativas, agências de marketing, governos, instituições públicas e empreendedores estão entre os consumidores habituais da energia solar. Consumidores rurais também se destacam e já são o terceiro maior público da energia solar fotovoltaica no Brasil, representando 8,7% da capacidade instalada da modalidade no país, atrás apenas do consumo residencial e do setor de comércio e serviços.
Energia solar compartilhada
Vale lembrar que, para aderir à matriz fotovoltaica, não é necessário instalar no local de consumo um painel fotovoltaico daqueles que captam a luz do sol e a transformam em energia. A energia solar fotovoltaica funciona de duas formas.
- Com painéis solares instalados no local de consumo
Os painéis captam a luz e geram energia elétrica, por meio do efeito fotovoltaico. Esta eletricidade é levada ao inversor solar, responsável pela conversão do tipo de corrente, de contínua para alternada, e então a energia é distribuída para o local. A energia que é produzida pode ser utilizada em residências, empresa ou mesmo em propriedades rurais.
- Com os parques solares remotos
Neste caso, a energia chega ao seu prédio pela rede de distribuição elétrica da EDP, prontinha para ser usada. Sua produção não agride o planeta e o excedente pode ser comercializado, gerando lucro para o próprio consumidor.
Falamos recentemente aqui sobre como o sistema compartilhado de energia permite ao consumidor instalar seu sistema gerador em local diferente do local de consumo. Nosso Sun Invest é o primeiro parque de energia solar remota compartilhada do Espírito Santo. Com ele, você pode ter energia solar sem precisar instalar nada.
A energia solar produzida no Sun Invest chega diretamente ao seu endereço através da rede de distribuição elétrica da EDP. A manutenção também é toda feita na usina, em Linhares, região Norte do Estado.
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Entre os capixabas que já aderiram ao sistema fotovoltaico remoto, estão administradoras de condomínios, que repassam a energia para os prédios residenciais por elas administrados, clínicas odontológicas, restaurantes e lavanderias. Empresários, engenheiros, profissionais liberais e servidores públicos com média de idade entre 45 e 55 anos são, geralmente, os responsáveis pela decisão de compra dos nossos serviços.
Vocação para a energia solar
O Brasil possui uma das tarifas energéticas mais caras do mundo, com altas cargas tributárias que fazendo a conta de luz pesar ainda mais. Por outro lado, graças à posição geográfica e clima privilegiados, o país apresenta vocação natural para a geração de energia limpa.
De acordo com a segunda edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, só para termos uma ideia, no local menos ensolarado do Brasil, é possível gerar mais eletricidade solar do que o local mais ensolarado da Alemanha. O território brasileiro recebe mais de 2.200 horas de sol por ano. O potencial de energia de 15 trilhões de megawatts-hora supera o consumo nacional de eletricidade em 50 mil vezes. O Nordeste é a região que apresenta maior potência solar diária, seguida por Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Norte, respectivamente.
Clique aqui para baixar a segunda edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado em 2017 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A publicação contém análises sobre os níveis de confiança, sobre a variabilidade espacial e temporal do recurso solar, além de apresentar cenários de emprego de várias tecnologias solares.
Impactos do inverno e da pandemia
É importante destacar também que, ao contrário do que muita gente pensa, não existem contraindicações em produzir energia solar no inverno. Isso ocorre porque painéis solares são movidos pela luz do sol e não pelo calor. Portanto, o frio ou aquele tempo mais nublado não impedem a geração solar fotovoltaica.
Falamos um pouco mais sobre isso aqui.
No artigo, mostramos porque painéis solares funcionam muito bem em temperaturas mais amenas e várias outras curiosidades a respeito da geração solar nos dias mais frios.
Mostramos ainda que, com a pandemia, os principais combustíveis tiveram uma queda impressionante na demanda sobretudo carvão, petróleo e gás, grandes emissores de poluentes, como o CO2. Essa queda representa sete vezes mais que após a crise financeira global de 2008. Por outro lado, a demanda por energia renovável deverá crescer 1% este ano e ficará no centro das atenções para apoiar a retomada econômica mundial.
Enquanto isso, de acordo com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050, as fontes de energias renováveis como a solar, a eólica, a geotérmica e a marítima, poderão abastecer em 80% a demanda mundial. O setor de energia limpa tem alto potencial de expansão com a gradual substituição dos mecanismos de emissão de energias como carvão, petróleo e gás. Como temos mostrado frequentemente aqui no blog, o bolso dos consumidores agradece e o futuro do planeta também.
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